TIPO MOSCAS

Eu tava aqui pensando, depois de ser atazanado em plena madrugada por uma mosca grande, barulhenta, grudenta e muito insistente, sobre o que será que ela queria comigo.
Essas "mizéra" têm um ciclo de vida que dura em média 30 dias. Nascem como larvas, viram pupas, tornam-se moscas com asas e depois pluft! morrem.
Eu achei, depois de pensar às 6 horas da manhã, quando a maioria das moscas estavam acordando e nem ligavam pra mim, onde estaria aquela desgraçada que me "raulseixou" a noite toda.
Fiquei sonhando (6 da matina é a hora que vem meu sono, quem lê o blog ou me conhece pessoalmente sabe disso), que aquela mosca estava me pedindo socorro. É: socorro!
Imagine aí: uma mosca vive em média 30 dias né? Significa que, em 1 ano, você passou por 12 gerações da mesma família de uma determinada mosca. Se houvesse em nós consciência suficiente da consciência de uma mosca, que nos permitisse saber o que elas pensam de nós, talvez eu esteja errado, mas, também poderia acontecer que as moscas nos considerem deuses. Senão vejamos:
- somos imensamente grandes em comparação a uma delas;
- o que os tatatatata¹²³ravós delas contam a elas sobre um ser humano, deve causar impressão na maioria delas de que nós somos imortais.
- quase tudo que elas comem nós produzimos
Então, se há um ser perfeito, que provê a vida delas, sem se preocupar com a própria, somos nós humanos. E, ainda temos o poder de matá-las individualmente volta e meia. Um tapão ou coisa assim (esse deus aí castigou uma.) Quando, muitas delas morrem de vez, pode ser que elas rezem pra nós pra que as livremos de doenças, mesmo sem saber que nós espalhamos inseticida pela casa. Pode ser que elas se reúnam pra orar pra nós, pra que as livremos dos percalços nos ares, como os pega-moscas adesivos. Pode ser que elas gastem muita fé nos pedindo pra livrá-las do demônio na vida delas, e nós talvez, inconscientemente as façamos feliz quando matamos uma aranha ou espanamos as teias nos cantos da casa.
Sei lá. É muita loucura, eu sei. Mas eu pensei que aquela mosca me soube um superser, imortal, conhecido desde remotas gerações daquela mosca que me zuou e, sabendo da proximidade de sua morte, talvez tenha vindo me pedir socorro, pra que eu usasse meus poderes da imortalidade, da livração dos perigos, doenças e dos demônios de 8 pernas e provimento de alimentos, para fazê-la viver mais um pouco. Fico imaginando ela, ao final da vida gritando pra mim: "-Me salve, tenho1.800.000 filhas e netas pra cuidar! Faça alguma coisa, sempre fui sua devota, nunca pequei, nunca roubei, nunca menti, sempre respeitei meus pais, sempre fui uma mosca humilde e honesta, temente a você!" e pluft! caiu morta em algum lugar da casa ao alvorecer do dia e do meu sono.
Agora, releia tudo isso colocando-se no lugar da mosca e pensando em quem contará a estória da sua agonia pré-morte...

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José Fagner Alves Santos disse...

Estou devendo um primeiro artigo. Em minha defesa devo explicar que esse período de mudança não tem ajudado muito. Mas, essa semana sai. Quanto ao texto, acho que você vacilou ao dar a dica no final. Você facilitou as coisas. Deixe esses cornos pensarem um pouco. Eu mesmo comecei achando que era mais uma tirada sem pé nem cabeça. Só percebi do que se tratava no meio do texto. Aí vem você no final e facilita tudo.

De qualquer forma, a analogia foi muito pertinente.

Unknown disse...

Dê uma maluquice você nós faz pensar sobre nossa curta existência na terra e as marcas que deixamos no mundo. Aiaiai filósofo sua cabeça gira a millllllllll. Bj