Congregação Fonte da Água Dura

Essa foi a descrição que eu fiz da Comunidade religiosa que eu criei no orkut:
Às vezes tudo que nos falta é um pouco de fé.Fé que aquela mulher fique realmente bonita.Fé de que o mundo possa girar em torno de nós.Fé de que toda timidez seja superada pela coragem.Fé de que toda antipatia social seja substituída pela popularidade.Fé de que sejamos os astros de uma festa sem graça.Fé de que possamos reduzir a graça de uma festa que não dá espaço ao indivíduo.UMA RESPOSTA REVELADA PELA ILUMINAÇÃO:ÁLCOOL.Quem nunca teve estórias pra contar depois de uma bela noite etílica?Quem nunca deu o que falar depois de um dia etílico?Quem nunca pegou aquela mulher maravilhosa que fez os amigos espirrarem cerveja de medo?Não, não seja egocêntrico! Você nunca fez nada disso! Você foi agraciado com o espírito transcedental do ÁLCOOL.e toda sua experiência, revelação, iluminação, tonturas, tombos, línguas estranhas, talentos diversos, entre outros dons, foram concedidos por intermédio DELE: o ÁLCOOL.Venha para nossa congregação e seja feliz até a última gota

Uma estória de amor (?)

Aí eu cheguei em Salvador. Carnaval efervecendo. Eu ainda usava óculos. Aquela gatinha ainda morava lá perto. Sabe como que é, né? Carnaval, eu com 18 anos e aquela gatinha lá. Chegou o "galerão" de família e amigos. Ainda bem que quase todos estavam com suas respectivas acompanhantes. Aqueles que não estavam, talvez as tivessem. Mas sabe como é né? Carnaval...

Então foi aquela festa, tanta gente numa casa tão pequena. todos felizes, todos se divertiam, chegou a noite e partimos pra avenida. Então, logo ela, aquela gatinha, disse pra mim: -Vai sem o óculos. é melhor. E eu respondi: - Eu nem sei sair da cama pro guarda-roupa sem óculos. Como que você quer que eu vá pro meio do carnaval de Salvador sem esse "tróço"?

-Eu te levo.

(Beleza! Adeus óculos)

Então fomos nós dois. De braços dados, pra não nos perdermos dos outros. E a miséra desembestou a falar que estava a fim do namorado de uma das pessoas que estava lá na casa.
(Porra! Essa desgraça tá pensando que eu sou a melhor amiga dela é? Eu aqui doido pra "passar ela pra história", e ela me contando que está a fim do cara lá)
Depois disso, claro que me retraí. Não tive coragem de colocar meu plano de conquista em prática. Resolvi que iria tentar sair sozinho pelas ruas atrás do bloco do Olodum, que passou "arrebentando". Marquei entre as névoas, aquelas que eu reconheceria como pontos de orientação e "me saí".
Curti o Olodum e mais algumas bandas. até que resolvi que era hora de beber alguma coisa. (Muito álcool. Pra esquecer que a maluca estava doidinha pra pegar o namorado de outra menina.) Carnaval... sabe como é né...
Então me embriaguei, até que não aguentei mais e fiquei sentado lá no chão do bar, um pouco afastado de todos, mas protegido do movimento das pessoas.
Então o grande lance aconteceu: duas mulheres lindas, fantasiadas com pouca coisa que cobrisse seus corpos, entraram no bar e começaram a dar um show de dança. Até eu que estava bêbado, sentado no chão, já pensando em dormir, me alertei. Uma delas, a morena (a outra era loira) veio em minha direção e começou a rebolar bem perto da minha cara. Era demais pra mim. Foi minha vez de ficar doidinho. Uma gata daquelas "se jogando" em mim? Bem, como era carnaval, fui com toda avidez com minhas mãos aos peitos dela e peguei em... madeira? Mas que porra tá acontecendo aqui? Quando me dei conta do que "realmente era" aquela mulher linda, todos já riam de mim. Ah, merda! É carnaval mesmo...
Antes que eu pudesse me recolher ao canto da parede de novo, percebi a menina dos meus sonhos (naquele carnaval) perguntando onde estava o fulano. Alguém respondeu que ele tinha ido ao banheiro. E a percebi indo na direção do banheiro, que ficava no segundo andar do prédio onde o bar estava instalado. Percebi também que a "loira", parceira da morena tinha sumido.
Em poucos minutos, a minha "amada" apareceu nervosa, me pegou do chão e me arrastou pelo mar de pessoas até a Praça da Piedade (logo pra lá?) e me contou que havia flagrado "o alvo dela brincando de Lego com O Loira".
Bem, a conversa se espalhou e deu em separação do casal original. O cara assumiu a homossexualidade. A gatinha acabou casando alguns anos depois. E eu aprendi a ir pro carnaval de óculos...

E SE?

E se todos nós somos deuses que vêem à Terra para se divertir?
E se a Terra foi criada só para os deuses se divertirem?
E se os deuses têem uma idéia diferente de diversão diferente do que "aqui" concebemos?
E se, ao morrermos, voltamos a ser deuses e ficamos uma eternidade a nos convulsionarmos de tanto rir do que se passa nesse planeta-playground?
E se a economia, a política, a religião, a sociologia, a filosofia, a psicologia, a miséria, o dinheiro, a arte, a música, a tecnologia, a engenharia, a história, o tempo e outras coisas que o homem pensa ter produzido forem as piadas do repertório dos deuses que criaram este planeta-palco?
E se, pra diversão ser máxima, os deuses transformam-se nas próprias piadas?
E se, pra que a diversão seja divina, eles se transformem em homens só pra serem as maiores piadas de toda a criação?
E se, no lugar de cada interrogação houvesse uma afirmação divina? A existência humana estaria explicada?
melhor nos divertirmos deixando as interrogações...