PRECISA-SE DE UM DEPUTADO FEDERAL!

Bem, como todo brasileiro, eu gostaria de estar falando mal de algum político que a maioria quis que estivesse lá no lugar onde ele está dando o que falar (mal) e fazendo o que faz (mal).
Mas, eu quero falar sobre uma utilidade de um deputado. Ou qualquer legislador que possa ser útil.
Ocorreu-me que as pessoas eleitas pra serem legisladores, podem fazer projetos de lei que possam incluir pessoas excluídas seja lá do que for entre aqueles que são plenos de direitos.
Então lá vai um elogio, uma crítica, uma percepção e uma sugestão:

Elogio: nossos legisladores têm, ao longo dos anos, incluído cada vez mais pessoas no que chamamos de "cidadania". Aquela condição em que, supostamente, passamos a integrar a sociedade plenos de direitos e sem sermos segregados. Um bom exemplo, é o projeto que levou os "portadores de necessidades especiais" (em nome de alguma coisa que [como sempre] copiamos dos Estados Unidos, um comportamento chamado "politicamente correto", eu digo: morra o adjetivo!) a terem sua "cota" de participação no quadro funcional das grandes empresas. Outro exemplo é a "cota" para afrodescendentes (em nome de alguma coisa que [como sempre] copiamos dos Estados Unidos, um comportamento chamado "politicamente correto", eu digo: morra o adjetivo!) - não caro leitor, não foi uma repetição errônea: foi proposital! (num se pode mais escrever "cego", "negão", "aleijado" e coisas afins) - em universidades. E até nas grandes empresas. E por aí vai.

A crítica: em geral, percebemos que a maioria dos excluídos socialmente, também são excluídos economicamente, o que me leva a perguntar: não deveria haver uma saída "econômica" que levasse à formulação da lei de inclusão ser mais "avançada"? Isto considerando que, por vezes, inclui-se as pessoas de forma social, mas a saída econômica dessas pessoas beneficiadas em geral fica prejudicada. Por exemplo: eu penso (grande coisa!) que deveria haver cotas nas universidades públicas, pra alunos vindos de escolas particulares e famílias com renda familiar acima de algum número justo, por exemplo "15 salários mínimos", pois assim, a maioria das vagas de uma universidade pública, contemplaria aqueles que viessem de familias menos abastadas e que passaram a vida em escolas públicas. E isso não tiraria o direito de quem é "economicamente" mais sortudo (ou merecedor ou seja lá o que for que os torne melhor economicamente).

Uma percepção: eu trabalho em uma grande empresa. Obviamente que ela faz propaganda de seus funcionários que são "socialmente incluídos através de leis". Mas eles são pessoas "bonitas", realmente propagandeáveis. A Rede Globo de Televisão tem seus atores portadores de alguma coisa que em outros tempos os excluiria, todos são lindos - não se discute aqui talento! - pode se ver na atual novela das sete; pode ser visto um afro descendente apresentando o principal jornal da noite (ele é o 5% que a lei obriga). A questão não é essa. A questão é a estética.

Uma sugestão: precisamos de um deputado (ou, de preferência vários, ou, melhor ainda, um que trabalhe - sei, sei... estou pedindo demais...) que crie a lei de inclusão da PESSOA FEIA! É claro! Hoje nós perdemos emprego pra uma gatinha. Independente da nossa humilhante preparação acadêmica superior à dela. Os diretores das grandes empresas querem isso e não aquilo - dependendo do que você considere "aquilo", sendo que "aquilo" pode ser também o que eles mais querem com a gatinha! Na globo, a portadora de necessidade especial é muito gatinha - já disse que aqui não se está discutindo talento! O que eu percebo, por incrível que pareça, veio de um filme norte americano com Arnold Schwarzenegger, que não me lembro o título. Um garoto, para provar que seu amigo era personagem de uma estória de ficção, levou-o até uma locadora e disse: "-Viu? Em quantas locadoras você vê uma atendente tão bonita? Só aqui porque é um filme!" Então é isso: precisamos de um deputado ou coisa que o valha, para incluir social e economicamente os FEIOS!

Como eu não poderia terminar esse post sem algum disparate, vou convocar a todos pra levantar a bandeira da inclusão social e econômica dos feios!
E que alguém se candidate nas próximas eleições levantando essa bandeira.

Vale lembrar que o "povo feio" é de uma grandeza inconveniente. Eles podem eleger um deputado com toda certeza. Quando nós, brasileiros, sabemos que vamos ter alguma vantagem em alguma coisa (por mais que, no fundo, saibamos que isso é só mais um golpe), nos jogamos de cabeça.
Então você, pessoa com vontade de ser eleito, levante essa bandeira, levante essa discussão na câmara, aprove e leve o projeto até o senado e depois à sanção presidencial e coloque uma porcentagem de gente feia apresentando jornal, aparecendo nos filmes patrocinados pelo dinheiro do governo (que o povo feio ajuda a aumentar todo dia), competindo nos reality shows, sendo contratados pelas grandes empresas para serem atendentes, as escolas particulares para contratarem professores feios, as academias pra contratarem treinadoras todas caídas (a treinadora e não a academia).
Afinal de contas, o que está sendo discutido não é talento! Posso dizer que o feio também precisa trabalhar, comprar suas loções embelezadoras, aparelhos de fitness, máquinas digitais que enchem o orkut de fotos etc, etc, etc.
E assim, finalmente, ninguém terá vergonha de mostrar a foto da identidade! Porque o feio terá algo (uma legislação) que o protege...