TÁ DE SACANAGEM NÉ?

E então, depois de muita insistência, resolvi que iria me matricular no vestibular só porque eu queria ir pra praia e ninguém queria ir comigo! "Comer água" num lugar diferente. Tinha como fazer isso na minha cidade (o vestibular e comer água), mas a graça seria fazer isso num local onde eu não fazia isso. Me inscrevi. E ainda tive um bônus: como as provas seria realizadas também na segunda feira, eu ainda teria direito a uma folga no trabalho - logo na segunda, cheio pra porra! O chefe com certeza iria ficar muito feliz...
Desde guri gostava muito de ler ficção científica. Acho que o primeiro livro foi lá na 5ª série: As sete cidades do arco-íris. Xisto no Espaço também passou por aqui. Júlio Verne foram vários, mas não todos. Lá na facul, quase toda a série Império, Robôs e Fundação do Asimov, além de alguns livros "fora de série" e alguns da série lucky starr (é assim que escreve?). Li mais alguns bons autores também, como o Orson Scott Card e o H. G. Wells.
Misture tudo isso a uma risada fácil. sou besta pra porra pra rir.
Então, sentado lá na hora da prova do vestibular, 15 anos depois de ter feito um pela última vez, 10 anos depois de ter me formado, topei com o tema da redação.
"Pirirí-pororó" encontraram um planeta parecido com a Terra. Astronomicamente perto daqui e talz. Crie uma redação dissertativa-argumentativa onde você se candidata pra ir morar nesse planeta e explicite qual será sua contribuição sócio-econômica, política e cultural.
Nesse momento, ri alto. Incomodei os outros candidatos e levei uma olhada da fiscal. Mas fazer o quê né? Lembrei de Danilo, Vagner, Charles e outros que liam FC. Enquanto eu deixava a mente procurar a melhor argumentação em minhas lembranças de livros de Asimov e Douglas Adams, fui fazendo o resto da prova.
Faltando alguns poucos minutos pra o fim do tempo de prova, fiz o primeiro rascunho. Resolvi não ser tão técnico quanto o Asimov, nem tão muito louco como o Adams. Fui  fazendo uma redação muito enlatada (como sempre), me sentido um verdadeiro pré-universitário. Até que, quando vi pronto o rascunho, faltando menos de 10 minutos pra acabar o prazo, percebi que estava tudo uma verdadeira merda. (kkkkkkkkkk)
Resolvi ler de novo e desdenhar de tudo que tinha escrito. Mas, nesse meio tempo, apareceu uma leve fumaça à minha direita e pareceu formar um rosto, um rosto fininho, com um óculos redondo. Então, John Lennon me disse: "-Véi, já escrevi essa redação antes. Pode usar a minha!"
Então eu disse: "-De boa!"
Peguei a canção do cara e fiz uma tradução em forma de prosa. Pode pegar a letra e traduzí-la: está tudo lá. É exatamente a resposta do tema da redação! Dei o crédito pro Lennon na redação, claro. Ele merece. E eu nem estava bêbado ou ressaqueado ainda. E acabei passando! Imagine...

DURA ATÉ ACABAR

Às vezes eu acho que há algum componente em determinados equipamentos eletrônicos que determinam qual será a vida útil deles. por exemplo:
1 - MOUSES: aparentemente, após alguns poucos meses, começam a não respeitar os cliques e arrastos que fazemos, nos levando a trocá-los. Abertos, nada de desgastado há. Mas, recolocados em suas conexões USB, voltam a falhar. Ou dão muitos cliques de uma só vez, ou não dão clique nenhum ou simplesmente soltam algum objeto arrastado antes que tenhamos tirado o dedo do botão.
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2 - LÂMPADAS FLUORESCENTES: diz-se que o número de vezes que elas são ligadas é que determina sua vida útil. Numa estatística muito particular, percebi que elas começam a ficar escurinhas com uns 10 meses de uso e, depois de 1 ano e algumas semanas elas simplesmente deixam de funcionar. Isso serve pra baterias de carro!
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 3 - CELULARES: num sei bem qual é o caso, mas acho que  eles nem precisam desse componente [muito embora, eu continue achando que eles possuem essa suposta "peça]. Nós que somos levados a querer um novo aparelho todo mês! Nesse caso, talvez a psicologia deva achar algum componente em nós que também atribua defeito às coisas em algum momento. Ou talvez já tenham achado e isso deva ser utilizado em marketing, de forma que "entremos nessa vibe" sempre que eles "disparam" essa característica de seres humanos consumistas na TV ou algum meio de comunicação de massa. Sei lá, vai saber.
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4 - Mini caixas de som/Fones de ouvido ou coisas assim: incrível a pequena duração desses equipamentos e, como sempre, depois de abertos, nada desgastado há e ainda assim, permanecem inválidos.
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5 - Relógios despertadores e mp3/rádios portáteis: incrível o tanto que pode-se encontrá-los pelas lixeiras. Aparentemente, campeões da curta duração sem motivo aparente.
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6 - Políticas de sustentabilidade das empresas: apenas um nome bonito, politicamente correto, que afasta os "chatos" que lutam pelo meio ambiente das preocupações dos dirigentes empresariais, mas ainda assim, uma forma de impulsionar o consumo.
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é... acho q esse ponto 6 é mais uma hipótese do que algo feito pra funcionar por um curto período de tempo. Quer dizer, considerando que a hipótese é minha [eu acho], a coisa "capitalista" inserida em tudo isso é a única que funcionará indefinidamente de forma perfeita. Em breve, o termo "sustentabilidade", vai ter seu período de duração finalizado, mas o consumo vai continuar; as formas de se fazer porcarias que nos satisfazem por cada vez menos tempo continuarão a se proliferar. A consciência sobre como vivemos nesse planeta é algo que também já foi pro saco faz tempo.
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E só pra num dizer que essa é uma simples reclamação minha, pensei nisso enquanto ia pro comércio comprar um mouse e uma lâmpada fluorescente depois de ter trocado a bateria do carro. Com excessão do mouse que durou apenas 3 meses, a bateria e a lâmpada duraram exatamente 1 ano. Nem deu pra reclamar...