ANO SABÁTICO?!

Não foi nada programado. Apenas passei todo este tempo sem ir ao cinema, teatro, show ou coisas que inspiram o lado artístico de qualquer um. Também não me lembro de ter um daqueles "sonho-filme" que eu tenho às vezes. Além do mais, cidade pequena é sempre a mesma coisa.
O que me moveu a estar aqui realmente foi o pedido de todos os meus 3 leitores...
Engraçado é que em 1 ano acotece coisa pra porra: porra nenhuma digna de nota aconteceu. Mas, se ao invés de filosofia, tivesse eu cursado sociologia, eu já teria criado uma tese sociológica muito louca só descrevendo o que acontece na minha vida diariamente, só no percurso casa-trabalho-bar.
Senão vejamos: em casa consegui ter quase 20% da minha audição diminuida pela potência pneumática de Alana. Nossa! Quanto choro estrondoso por tanto tempo! Mas é legal vê-la se desenvolvendo, aprendendo a falar e a se socializar. O que eu não contava é que, com tudo o que todo mundo dizia, sobre o ciúme da irmã mais velha, seria a própria Alana que se tornaria extremamente ciumenta e possessiva, tendo em contra-partida a condescendência de Larissa (que só nas últimas semanas parece dar mostras que já teve espaço demais invadido). Kleide continua me fazendo inveja conseguindo dormir sempre que quer...
No trabalho, o excesso de horas extras me fez desistir da minha antiga função e pedir pra descer de nível. Ser "orêa seca" tem sido muito bom. Tenho escapulido da fúria capitalista das pessoas que vejo religiosamente todos os dias. Não sirvo mais a eles. Não que eu não queira. Eu só servia pra eles quando era tratado como padre, psicólogo ou saco de pancadas pras suas frustrações e desorganizações pessoais travestidas de necessidades profissionais. A tese sociológica se aplicaria mais a essas pessoas, que, a despeito do desinteresse que agora eles me têm, eu ainda mantenho por eles. E o pior, é que dizem que é assim em todo lugar: interior, capital, da região norte até a sul, incluindo o Acre!
No bar, eu não me lembro bem de detalhes, mas tenho sido cada vez mais fanático por futebol. Quem me conhece sabe que, como diria Luka: "tow nem aí". Mas os rótulos deixam as pessoas tranquilas. Por exemplo: lá vem o torcedor do baêa... lá vem o torcedor do vasco... lá vem o cara que só bebe da verdinha... lá vem o cunhado de Tõi do Couro...
Eu gostaria de ter completado o percurso anterior: "casa-trabalho-bar-outra coisa", mas aqui é difícil. Contrariamente ao que diria o Renato Russo, "antes eu sonhava, agora já nem durmo", eu ainda continuo sem dormir (lembram disso?) e agora já nem sonho.
O que eu estou preparando pra minha vida agora é da maior importância: tentar ir pra cama cedo (dormir seria um sonho!), trabalhar pelo menos um mês sem fazer hora extra, lembrar de tudo no dia seguinte à visita ao bar pra ver o baêa ou o vasco jogando e dar um show pra uma turma de guris na escola onde Larissa estuda como comemoração ao dia dos pais.
A notícia mais ou menos, é que vou me esforçar pra manter um post por mês como eu fazia até a data do post aí de baixo.
E um Drea pra relaxar...