Um ônibus
Um quilômetro
Uma borboleta
Pouco mais de 80 km/h
Pouco menos de 800 metros
Certamente uma morte
A velocidade obstinada
Os metros efêmeros
A inocente e despreocupada borboleta
Eu no ônibus
A borboleta em meu campo de visão
Ela não vai ter chance (coitada)
Até o deslocamento do ar vai ajudar a matá-la
o ônibus estava a décimos
Eu pensava em centésimos
Qual a função de sua vida?
Vai morrer assim
O ônibus chegou
Eu me despedi
Em milésimos um pássaro atravessou o ônibus
Levou a borboleta
Ela morreu, mas serviu à Mãe Natureza
Não se resignou a morrer fora da cadeia alimentar
Quase não vi
Achei que inventei a cena
Mas tenho certeza que foi um ato da Natureza
Criatividade até no último milésimo
Os atores perfeitos
A singela borboleta com uma despreocupação sábia
Um pássaro Ás, Malabarista dos ares
Sua manobra ousada e perfeita
Que posso fazer?
Agradecer a esta fabulosa roteirista
Por ser escolhido como platéia
4 Use sua loucura. Comente aqui!:
De um fator psicológico inquietante!
Loucura, loucura, loucura!
-Diria o Luciano Hulk!
Fico feliz que pelo menos um punhado de baianos além de mim têm um blog descolado como esse! Sabia que a "blogosfera"vai ser tema na nova novela das oito?
Abraço! Visita o Óculos e All Star!
Interessante como sua poesia é tão agoniada quanto a sua fala.
Isso não é uma poesia é um relato apaixonado. Mas não é a poesia uma forma de (?)relatar(?) apaixonadamente? mas nem toda poesia relata.
Mas a poesia tem uma métrica, como a canção. Mas nem toda poesia tem métrica e nem toda poesia métrica é uma canção. E quer saber também, nem toda canção é métrica, e nem toda canção métrica é poesia. E às vezes a canção é, bem verdade, um relato apaixonado. mas nem toda canção relata.
Bota aí um D(Ré) pra ver se fica legal.
Véi, eu acho que vc sente muita saudade daquelas viagens no Busú da UESC... kkkkkkkkkkk
Muito legal seu texto, mas eu não entendi nada que o nego disse... huiahaiuhiauhiauh
Bicho doido!
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